Brasil, país belo, de belas paisagens, abundantes recursos naturais, carnavais, futebóis, corrupções, ops... Essa palavra não enquadraría-se bem numa tela pintada por Jorge Amado (Se não pintava em cores, pintava bem em palavras).
Encontra-se estarrecida a sociedade brasileira com as atuais denúncias de corrupção no governo Lula. Aliás, nossa admirável sociedade estarrece-se com praticamente tudo que de mais horrendo acontece em seu seio, desde a cadelinha bem alimentada e bem vestida da burguesa que perdeu-se em meio a essa barbárie humana e que no momento deve estar-se servindo de alimento ao favelado faminto(a foto da cadela encontra-se diariamente exposta na rede globo de televisão. Encontrando-a e devolvendo-a, será o responsável por tal façanha bem recompensado pela piedosa proprietária) até com o furto do crucifixo de ouro que até então jazia tranqüilo no também tranqüilo e requintado túmulo revestido com pedras preciosas situado num cemitério nobre de um bairro nobilitário de alguma cidade nobre brasileira.
Constituem-se tais brutalidades numa afronta à nossa bela sociedade, permanecendo abaixo na escala de vicissitudes apenas à corrupção de nossos políticos. Para o nosso bem, a crise trouxe consigo benefícios, como a politização e a conscientização de nossa população, a tal ponto de um índio totalmente caracterizado com penas, cokás, pintado de acordo com o padrão de sua tribo e com uma cabeleireira que batia a seus pés ser confundido com o “carequinha” Marcos Valério e queimado vivo por jovens caras-pintadas revoltados com a situação política deplorável por que passa nossa amável nação.Está claro que a nossa pia sociedade é não só vítima de todo esse processo de corrupção, como isenta pela manutenção do status quo.Ela apenas sofre periodicamente crises de amnésia, pois esquece-se ela que metade votou num candidato comprometido em ser submisso à piedosa política norte-americana, abarrotar as algibeiras dos empobrecidos e amáveis banqueiros, enfim, dar continuidade à política neoliberal à qual libera “novas” às nossas graciosas elites, e que a outra metade votou num candidato comprometido em ser submisso à piedosa política norte-americana, abarrotar as algibeiras dos empobrecidos e amáveis banqueiros, enfim, dar continuidade à política neoliberal à qual libera “novas” às nossas graciosas elites.
O pobre operário que herdou o trono do rei, aquele operário, incansável, inimitável, insuperável na defesa das elites visando sua manutenção no poder, ele no poder, as elites no céu, entalou no “troninho”, e agora clama às massas que o acolham, o acudam, assim pede, assim chora, assim manda e assim o fazem e a culpa da sua queda na merda é das elites, coitadas!
Daniel Macedo Moura Fé.

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